Vivência de estudantes da UnB será foco do evento, que acontece nesta sexta-feira (5/10), na Maloca.

Braulina Aurora, Dirlene Chagas, Evelyn Nery e Suliete Gervásio são estudantes indígenas da Universidade de Brasília. Oriundas de diferentes povos, elas têm em comum a percepção de que saúde e sexualidade indígena são temas pouco discutidos, não apenas nas comunidades, mas em todo o país, de maneira geral.

Para ocupar essa lacuna, elas lideram, nesta sexta-feira (5), uma roda de conversa temática que vai debater a questão sob perspectivas pessoais, acadêmicas e culturais. O encontro acontece das 12h às 16h, no Centro de Convivência Multicultural dos Povos Indígenas da Universidade de Brasília, a Maloca, no campus Darcy Ribeiro. A atividade é gratuita e livre, aberta a interessados.

"Quando a gente pensou nesse tema, questionamos se os meninos e meninas iriam se sentir à vontade para falar. Não é um assunto culturalmente fácil de lidar. Tocaremos em um tema bastante polêmico entre os povos indígenas", antecipa Braulina Aurora. "Mas eu acho que já está mais do que na hora de a gente começar a falar sobre isso", justifica.

A roda de conversa faz parte de um projeto aprovado pelo edital de fomento a atividades de arte e cultura nos campi, lançado pela Diretoria de Organizações Comunitárias, Cultura e Arte (Docca/DAC), que envolve outras atividades a serem desenvolvidas ao longo do semestre.

"A ideia do projeto é falar de assuntos da atualidade, afinal, não somos os indígenas do passado, somos presente e futuro. Nosso intuito é dar visibilidade à diversidade cultural dos povos indígenas da UnB", aponta Braulina Aurora.

As estudantes que guiarão as atividades são naturais dos povos baniwa, baré, piratapuia e tikuna, todos do norte do estado do Amazonas, especificamente na região do rios Negro e Solimões. Confira abaixo mais informações sobre as participantes: